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Os Ya Dilu, baba Zenildo e Odé Otaioci, 1970. Foto: acervo de Ilê Asé Igbá Onin Odé Akueran Irokos d

  • Foto do escritor: YLÈ XANGÔ & OXUM
    YLÈ XANGÔ & OXUM
  • 7 de nov. de 2022
  • 2 min de leitura

Ya Dilu, baba Zenildo e Odé Otaioci, 1970. Foto: acervo de Ilê Asé Igbá Onin Odé Akueran

Irokos da Tiradentes

“A fundação do primeiro afoxé da cidade, nos anos 1970, quando os terreiros se juntaram para sair na rua, foi um marco muito grande. Eles se uniram para mostrar que tinha orixá em Curitiba”, resgata Hoshino. “Para proteger quem estivesse com o afoxé, os pais de santo consagraram as gameleiras da Praça Tiradentes. Por isso, hoje, existe um pleito para patrimonializá-las.”

“Irôko é o nome dado pela nação ketu ao orixá que representa a dimensão do tempo e é senhor de todas as árvores sagradas”, esclarece o relatório do Lugares de Axé. “Na África, a árvore que é consagrada ao orixá é conhecida como amoreira africana. No Brasil, diz-se que Irôko habita as gameleiras (fícus doliaria), também chamadas de gameleiras ou figueiras brancas.”

O afoxé, por sua vez, é o candomblé de rua – e até hoje o bloco Egbé Ayè Afoxé Omo Ijesá começa seu cortejo na Tiradentes, assim como a caminhada contra a intolerância religiosa e outros eventos do segmento. “Pro afoxé ser colocado na rua, Exu precisa comer – e Exu tem que comer numa praça. Os pais de santo Glauco Souza Lobo, Odé Otaioci, Pai Kafu Milodê, Mãe Arilda de Iansã e Pai Veco ty Oyá chegaram na Tiradentes e identificaram que cinco figueiras brancas estavam plantadas. Foi um susto, mas eles não perderam a oportunidade, por tudo o que significa uma figueira branca pra quem é de candomblé”, fala Romulo Miranda, o Cabuquinho. 

Cabuquinho é ogan do Ilê Asé Igbá Onin Odé Akueran, casa fundada por Odé Otaioci – ou José Francisco Pereira – que atua como guardiã das árvores sagradas. “Uma delas foi consagrada a Exu – é onde Exu come todos os anos antes do afoxé sair. Poucas pessoas sabem desse rito, porque a gente ainda luta por visibilidade, mas todas são cuidadas pelo nosso terreiro. Anualmente, elas recebem oferendas e ritos”, comenta. “Eu, vindo da Bahia, com outro repertório, acho impressionante que uma cidade branca e preconceituosa comporte esse imaginário e essa religiosidade.”

 
 
 

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