
Minha raiz Religiosa vó Miguela De Bara. Agelú
- YLÈ XANGÔ & OXUM
- 15 de fev. de 2023
- 2 min de leitura
Nota de Falecimento - Mãe Miguela de Bará
Extremamente consternados, cumprimos o doloroso dever de comunicar, à comunidade Afro Religiosa do Rio Grande do Sul, o falecimento da YALORIXÁ MIGUELA DE BARÁ AGELÚ ocorrido hoje, 30 de novembro de 2022.
Nascida em 29 de setembro de 1926, dia de São Miguel Arcanjo na cultura católica, por este fato recebeu o nome de Miguela.
Ainda muito jovem, aos 19 anos de idade, despertou os primeiros sintomas de sintonia com a espiritualidade através da Umbanda, porém, a Nação dos Orixás seria o seu caminho missionário.
Foi iniciada no Batuque Afro Gaúcho no ano de 1945 pela saudosa Yalorixá Cecília de Iemanjá, da cidade de Alvorada/RS, logo após se transferindo para a bandeira de Ijexá pelas mãos da, também, saudosa Yalorixá Jovita de Xangô, já em Porto Alegre, onde se tornou uma das sacerdotisas mais longevas e respeitadas do Batuque gaúcho.
Aos 96 anos de idade, e 77 anos de feitura de seu Orixá, Mãe Miguela era filha de Bará Agelú e Mãe Obá. Diretora espiritual do Centro Africano Bará Agelú, no tradicional endereço da rua Outeiro, no Bairro Partenon em Porto Alegre.
Pessoa carismática, que sempre acolheu todas as pessoas que batiam as portas de seu templo religioso independentemente de posição social ou financeira, ela pregava a caridade e o amparo aos mais necessitados como base da religiosidade que praticava.
Honrando sua origem religiosa, onde constam nomes que construíram a identidade do Ijexá em Porto Alegre, como Codjobá de Xangô, Celestrina de Oxum Adocô, Hugo de Iemanjá e Jovita de Xangô, ela iniciou centenas de filhos de santo e se tornou a grande dama da Nação Ijexá em nosso Estado.
Mãe Miguela de Bará Agelú, viveu quase cem anos, gerou um descendência religiosa de inúmeras pessoas, honrou e dignificou sua fé, por este fato foi reconhecida pala comunidade afro batuqueira na mais alta hierarquia que alguém pode chegar, ou seja, uma “ancestral viva”.
Solidarizamo-nos com sua família genética, sua imensa goa religiosa e todos que se enlutam neste momento de despedida material.
Desejamos que se ancestralize.
MÃE MIGUELA DE BARÁ 1926 - 2022
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