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Imagem: Jornal Gazeta do Povo, 1° de outubro de 1927 Hoshino tem convicção de que “desde quando cheg

  • Foto do escritor: YLÈ XANGÔ & OXUM
    YLÈ XANGÔ & OXUM
  • 7 de nov. de 2022
  • 2 min de leitura

Imagem: Jornal Gazeta do Povo, 1° de outubro de 1927

Hoshino tem convicção de que “desde quando chegaram os primeiros africanos em Curitiba essas práticas existem”. Ou seja: desde o século 16. “Obviamente elas eram coibidas durante o regime escravista, mas também perto do início da República, quando a construção de uma nação que pudesse ser apresentada como possível se tornou uma questão para as elites brasileiras”. Por “nação possível” entenda-se “nação branca”, o que explica as políticas de imigração para europeus que foram abraçadas pelo município.

A própria Prefeitura de Curitiba conta essa história aos cidadãos: com a “emancipação política do Paraná”, em 1854, e o “incentivo governamental à colonização”, na segunda metade do século 19, Curitiba foi “transformada pela intensa imigração de europeus”. Em outras palavras, o status de “capital europeia” – discurso endossado até hoje pelo prefeito Rafael Greca (DEM) – é resultado de políticas eugenistas. “Sempre houve uma tentativa de apagamento dos afrodescendentes e indígenas pelo viés da presença europeia. Logo, não era interessante para esse Sul-maravilha ter a imagem acionada a partir dessas práticas e religiosidades”, pontua Martins.

“Todo esse processo culmina no código criminal de 1890, que trazia tipos penais específicos para punir curandeirismo e feitiçaria”, aponta Hoshino. “Bizarramente, o crime de curandeirismo continua no código criminal brasileiro. É o artigo 284”. O código de postura de 1829 também fornece uma pista da presença das religiosidades negras: os “batuques e fandangos” foram proibidos na cidade. 

Assim como o colega, Martins se deparou com a falta de registros formais ao longo de sua pesquisa. “Essa questão histórica é bem complexa, porque a gente sabe que houve uma espécie de negação a essas práticas. Isso é percebido em todo o território brasileiro”, avalia. Ela classifica a repatriação das 532 peças de terreiros ocorrida no Rio de Janeiro, no fim do ano passado, como sintomática. “São objetos apreendidos pela polícia que estavam expostos no Museu da República pelo menos desde meados do século 20. Por aí a gente vê como eram tratadas essas crenças – sempre teve o elemento da perseguição. Por isso é difícil conseguir dados oficiais de fontes históricas.”

 
 
 

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